29 de outubro de 2011

MUTAÇÃO


Grito porque sofro...

Sofro a cada mutação
Provocada pelos meus erros
Viajo por mundos desconhecidos
Sempre explorando
Sempre buscando
O objetivo certo
Iludindo-me com luzes
Nunca encontrando
Sempre me machucando
Perdi o certo, encontrei o errado
Perdi-me de mim
Encontrei-me aos trapos
Novamente chegou à hora
Já não dói tanto como antes
O processo começou
Estou mudando, me renovando
Sinto-me fortalecida
Mas algo ficou para trás...

Renata Monte

2 comentários:

  1. Ótimo poema, com versos curtos que traduzem muito bem o suspense e a velocidade da mutação. O verso final, instalando um "mas" ao certeiro processo de mutação, foi formidável. Algo ficará pra sempre nos olhos de quem ler a sua mutação!

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